segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma relação

Não é justo, eu não sei o quanto é que os outros te amaram ou se te amaram, mas eu dei o meu melhor, juro que dei, dei-te todo o meu amor, e tu sabes bem disso. Amava-te de corpo e alma, fazia tudo o que fosse preciso para te ter a meu lado, quantas não foram as vezes que te ouvi? quando não tinhas coragem para me contares algo e começavas a enrolar as palavras entre risos e palavras de gozo, quem estava lá? Eu fui-te buscar, eu dei o braço a torcer um milhão de vezes, eu amei-te sempre. Cada relação é cada relação, uma vez disseram-me. A nossa, não era uma relação perfeita é verdade, mas não te sentias bem comigo ? não te sentias bem quando te abraçava ? Eu sentia-me nas nuvens, juro que só contigo é que sentia aquela segurança, aquela protecção que podiam vir todos que eu contigo tinha a maior força do mundo e que ninguém me podia magoar. É verdade, eras a minha rainha, por mais defeitos que tivesses, por mais coisas erradas que (me) fizesses, era a ti que amava. Não tens falta de pessoas que te amem, sei bem, mas talvez não seja esse amor que procuras ou será?
Os nossos lugares, estão marcados, tivemos esse cuidado, de gravar os nossos nomes, gravar o nosso amor. As nossas músicas, estão guardadas. As nossas fotografias, revejo-as por vezes, para matar a saudade. Quantas não foram as vezes que adormeci a chorar com medo, medo de te perder ou simplesmente com raiva. Sim, com raiva, para além da tua perfeição, também tens muito de imperfeição, magoavas como se fosse normal, mas depois davas sempre a volta por cima, com esse teu jeitinho.

domingo, 28 de novembro de 2010

Poesia

Fingi que não reparei nas lágrimas que teimosamente lhe turvavam os olhos enquanto falava. Tudo o que eu lhe fui capaz de dizer foi que, acontecesse o que acontecesse, podia contar comigo, (...) que seria sempre uma pessoa especial para mim, mesmo que nunca mais nos vissemos, mesmo que a vida não nos volte a juntar. Assim que acabei de falar, soou-me a cliché, e não disse mais nada. Não lhe disse que costumava sonhar que fazia amor com ela, que acordava encharcado em suor sempre que isso acontecia, que tinha saudades de lhe ver as linhas do corpo e de lhe sorver o cheiro da pele sem ser por cima da roupa, que ás vezes me apetecia mete-la num avião e fugir para as Caraíbas durante todo o tempo que me apetecesse, que quantos mais anos passavam, mais achava que era com ela que me devia ter casado (...) Não lhe disse isso, nem que às vezes imaginava que um dia íamos ficar mesmo juntos e que ainda podíamos ter um filho. Podia ter-lhe dito tudo isto e muito mais coisas que me inundaram o espírito, mas fiquei calado porque soube que ela estava certa, que aquilo que sonhamos e aquilo que a realidade nos dá não é nem nunca pode ser coincidente, que o amor raramente se sente da mesma maneira e quase nunca ao mesmo tempo. Que eu já tinha perdido a minha oportunidade há muito tempo, (...) mas que o tempo não volta atrás e que o passado não se muda, nem o presente, nem sequer o futuro, que é a vida que manda em nós, mesmo quando vivemos convencidos de que somos nós que mandamos.
(...) Nem me queria lembrar dessa noite que fizemos amor pela última vez (...) Quando acabámos, (...) encostou a boca dela ao meu ouvido e sussurrou: pode ser assim toda a vida, se quiseres ... Não quis. E o pior é que agora tenho que imaginar a minha vida sem ela. "

sábado, 27 de novembro de 2010

" Um sentimento "

Um toque, uma brisa suave que toca no meu rosto cada vez que penso em ti, és tu meu amor, és tu a marcares a tua presença em mim, és tu meu amor, só tu.  Tantas trocas, tantas partilhas de experiências, tanto tempo desperdiçado com meros acasos e desencontros. E agora? Pergunto-me constantemente o que fazer e como fazer para que voltes a ser o que eras, para que voltes a sorrir como sorrias para mim, para fazer com que os teus olhos brilhem daquela forma que brilharam da ultima vez que estivemos juntos e que eu vi que estavas feliz ali, comigo. Fui egoísta, sim admito, mas quem é que no mundo em que vivemos não põe o pé da argola de vez em quando? Peço desculpa, embora saiba que nada apaga o que fiz, e que o passado marca como tu me disseste. Não te peço para esqueceres, pois se o fizesses o que poderíamos ter seria baseado numa mentira, peço-te apenas para ultrapassares, porque isso eu sei que és capaz de o fazer, por ti, por mim, por nós. Sei que te magoei mais que tudo, sei que fui talvez a pessoa mais injusta ao cimo da Terra, mas eu já ultrapassei, e tu?
Preciso de ti, preciso de ti tanto como tu precisas de mim. Tenho saudades de sentir o teu abraço apertado e saber que nunca nada me faltará contigo.
Porque já como dizia o outro: “Ainda penso nos momentos que eras tu e eu, me davas um sorriso diz-me o que aconteceu. Eu desespero, desespero a pensar em ti, olho para todo o lado e penso que tu estás aqui. Não aguento mais, por favor olha para mim e diz-me que me amas como eu te amo a ti.”